À procura, à procura do sentido, de sentidos. À procura de ideias, construções que tenham algum fim, que cumpram algum objectivo.
Porquê fazer, ir, rir ou chorar, viver? Porquê?
A procura é um ir incessante, um não-estar aqui, uma fuga. Um zapping da vida, pensando que talvez haja algo de melhor atrás daquela esquina, no próximo ano, na próxima idade, na próxima vida, talvez haja algum canal melhor (pode sempre existir um canal melhor do que aquele que temos diante de nós). A procura é evitar o envolvimento, a relação. Estar à procura é tentar escapar.
Sabemos escapar muito bem. Conseguimos safar-nos de envolvimentos tão inevitáveis que quase parece um passe de mágica! Mas o tempo não pára e come os seus próprios filhos: devora-nos esgotando a nossa força, que nos permite agora escapar tão bem. A única âncora contra o tempo é as relações, o envolvimento, as raízes que o coração implanta no tecido do real.
A procura, a busca, é necessária, significa evolução! Mas não é uma procura de algo de diferente, de algo de melhor. É uma procura de sentido, sim, mas do sentido daquilo que temos diante de nós, não do sentido do que não temos e que, por isso mesmo, nos cativa tanto. O fascínio pelo exótico (sabes do que estou a falar, não sabes?) é querer fugir, fugir ao banal, ao nosso banal, que é o nosso mundo, que é o que nós somos. Só atravessando o tédio, caindo na profunda banalidade irrepetível daquilo que nos rodeia, mergulhando naquilo de que mais queremos fugir, só assim poderemos encontrar aquilo que procuramos no longe e no exótico.
Comer muito chocolate parece ser sinónimo de obter muito prazer, mas quem já sentiu um único pedaço a derreter na língua, demorando o gozo de o engolir, reprimindo a vontade de o mastigar, ficando ali, a saborear o absoluto, sabe que a inquietação do exótico, do apelativo, nos dificulta o saborear das suas infinitas nuances... Sabe que, às vezes, é preciso evitar o chocolate, como forma de reencontrar o seu verdadeiro sabor.
A atenção ao momento, ao que nos acontece agora e que vamos perder já de seguida, que vai acabar, é o que nos permite realmente estar vivos! Só agora podemos decidir a nossa vida; não há futuro, o momento presente é quando podemos decidir, é quando vivemos, tudo o resto é ilusão: o passado representa as condições que limitam o momento presente (a bagagem) e o futuro as expectativas que o limitam (a direcção), mas só ele existe, só ele é autêntico.
Porquê fazer, ir, rir ou chorar, viver? Porquê?
A procura é um ir incessante, um não-estar aqui, uma fuga. Um zapping da vida, pensando que talvez haja algo de melhor atrás daquela esquina, no próximo ano, na próxima idade, na próxima vida, talvez haja algum canal melhor (pode sempre existir um canal melhor do que aquele que temos diante de nós). A procura é evitar o envolvimento, a relação. Estar à procura é tentar escapar.
Sabemos escapar muito bem. Conseguimos safar-nos de envolvimentos tão inevitáveis que quase parece um passe de mágica! Mas o tempo não pára e come os seus próprios filhos: devora-nos esgotando a nossa força, que nos permite agora escapar tão bem. A única âncora contra o tempo é as relações, o envolvimento, as raízes que o coração implanta no tecido do real.
A procura, a busca, é necessária, significa evolução! Mas não é uma procura de algo de diferente, de algo de melhor. É uma procura de sentido, sim, mas do sentido daquilo que temos diante de nós, não do sentido do que não temos e que, por isso mesmo, nos cativa tanto. O fascínio pelo exótico (sabes do que estou a falar, não sabes?) é querer fugir, fugir ao banal, ao nosso banal, que é o nosso mundo, que é o que nós somos. Só atravessando o tédio, caindo na profunda banalidade irrepetível daquilo que nos rodeia, mergulhando naquilo de que mais queremos fugir, só assim poderemos encontrar aquilo que procuramos no longe e no exótico.
Comer muito chocolate parece ser sinónimo de obter muito prazer, mas quem já sentiu um único pedaço a derreter na língua, demorando o gozo de o engolir, reprimindo a vontade de o mastigar, ficando ali, a saborear o absoluto, sabe que a inquietação do exótico, do apelativo, nos dificulta o saborear das suas infinitas nuances... Sabe que, às vezes, é preciso evitar o chocolate, como forma de reencontrar o seu verdadeiro sabor.
A atenção ao momento, ao que nos acontece agora e que vamos perder já de seguida, que vai acabar, é o que nos permite realmente estar vivos! Só agora podemos decidir a nossa vida; não há futuro, o momento presente é quando podemos decidir, é quando vivemos, tudo o resto é ilusão: o passado representa as condições que limitam o momento presente (a bagagem) e o futuro as expectativas que o limitam (a direcção), mas só ele existe, só ele é autêntico.