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Onde dormem os teu cabelos quando estás só?
à tristeza da tua ausência passeia-se sobre mim como quem ri,
Dóis-me e és em mim um lugar inteiro, toda uma parte vazia
Incendiada, queimada, devastada, cheia às vezes de doçura...
Sei-te no espaço, sinto a tua vibração intensa
No cosmos, através do ar, chegando-me em vagas
Entrando por mim adentro como rebentação
Marcando-me como areia molhada, incessantemente.
Inerte, o meu corpo caído na praia espera
Algum destroço que venha dar à costa
Um escolho que me traga um bocado de ti
Saído das profundezas do mar imenso.
Atravessaste a fronteira invisível
Não voltas mais, meu amor, nunca mais...
As cores do arco-íris fazem brilhar as ondas
Vagas rebentam sem cessar sobre a praia.
Lânguido o meu corpo, as ondas que me puxam
Os sons do mar a chamar por mim
Vem, meu filho inocente, vem perder-te
Não vale a pena lutar contra as forças da criação.
E todos os teus momentos que guardo em mim
Saem de uma só vez para o mundo exterior
Onde te vejo, maravilha fantasmagórica,
Nascida das brumas, formada por sombras!
Rimo-nos na nossa loucura, abraçamo-nos,
Amor, damos o beijo que nunca mais daríamos
Mergulhamos um no outro e perdemo-nos do tempo...
O mar parece crescer sobre nós e começa a rugir.
Então a maré começa a subir à nossa volta
Uma gaivota levanta voo em direcção à luz
Que brilha palidamente prateada, misteriosa,
É noite em nós, e a maré a subir à nossa volta.
Trocamos beijos, a água cobre-nos quase completamente
Amamos, um no outro, o fim do mundo
Onde dormem os teu cabelos quando estás só?
à tristeza da tua ausência passeia-se sobre mim como quem ri,
Dóis-me e és em mim um lugar inteiro, toda uma parte vazia
Incendiada, queimada, devastada, cheia às vezes de doçura...
Sei-te no espaço, sinto a tua vibração intensa
No cosmos, através do ar, chegando-me em vagas
Entrando por mim adentro como rebentação
Marcando-me como areia molhada, incessantemente.
Inerte, o meu corpo caído na praia espera
Algum destroço que venha dar à costa
Um escolho que me traga um bocado de ti
Saído das profundezas do mar imenso.
Atravessaste a fronteira invisível
Não voltas mais, meu amor, nunca mais...
As cores do arco-íris fazem brilhar as ondas
Vagas rebentam sem cessar sobre a praia.
Lânguido o meu corpo, as ondas que me puxam
Os sons do mar a chamar por mim
Vem, meu filho inocente, vem perder-te
Não vale a pena lutar contra as forças da criação.
E todos os teus momentos que guardo em mim
Saem de uma só vez para o mundo exterior
Onde te vejo, maravilha fantasmagórica,
Nascida das brumas, formada por sombras!
Rimo-nos na nossa loucura, abraçamo-nos,
Amor, damos o beijo que nunca mais daríamos
Mergulhamos um no outro e perdemo-nos do tempo...
O mar parece crescer sobre nós e começa a rugir.
Então a maré começa a subir à nossa volta
Uma gaivota levanta voo em direcção à luz
Que brilha palidamente prateada, misteriosa,
É noite em nós, e a maré a subir à nossa volta.
Trocamos beijos, a água cobre-nos quase completamente
Amamos, um no outro, o fim do mundo
Este é um enigma mais fácil! Basta prestar atenção àquilo que parece deslocado...
ResponderEliminarCuriosamente quando comecei a ler o poema achei que se tratava dum amor paternal. será?
ResponderEliminarUm dia ouvi um louco de rua "(...) tive a grandeza nos meus braços, sim tive. Ela partiu para o fim do mundo, está lá. Tive-a nos meus braços e deixei-a ir(...)" com o continuar das palavras que ia dizendo apercebi-me de que tinha perdido um filho.
Era um louco de rua mas, nunca gostei tanto de ouvir falar alguém
Tão triste mas tão lindo!
ResponderEliminar!
ResponderEliminarO nde dormem os teu cabelos quando estás só?
à tristeza da tua ausência passeia-se sobre mim como quem ri,
D óis-me e és em mim um lugar inteiro, toda uma parte vazia
I ncendiada, queimada, devastada, cheia às vezes de doçura...
S ei-te no espaço, sinto a tua vibração intensa
N o cosmos, através do ar, chegando-me em vagas
E ntrando por mim adentro como rebentação
M arcando-me como areia molhada, incessantemente.
I nerte, o meu corpo caído na praia espera
A lgum destroço que venha dar à costa
U m escolho que me traga um bocado de ti
S aído das profundezas do mar imenso.
A travessaste a fronteira invisível
N ão voltas mais, meu amor, nunca mais...
A s cores do arco-íris fazem brilhar as ondas
V agas rebentam sem cessar sobre a praia.
L ânguido o meu corpo, as ondas que me puxam
O s sons do mar a chamar por mim
V em, meu filho inocente, vem perder-te
N ão vale a pena lutar contra as forças da criação.
E todos os teus momentos que guardo em mim
S aem de uma só vez para o mundo exterior
O nde te vejo, maravilha fantasmagórica,
N ascida das brumas, formada por sombras!
R imo-nos na nossa loucura, abraçamo-nos,
A mor, damos o beijo que nunca mais daríamos
M ergulhamos um no outro e perdemo-nos do tempo...
O mar parece crescer sobre nós e começa a rugir.
E ntão a maré começa a subir à nossa volta
U ma gaivota levanta voo em direcção à luz
Q ue brilha palidamente prateada, misteriosa,
É noite em nós, e a maré a subir à nossa volta.
T rocamos beijos, a água cobre-nos quase completamente
A mamos, um no outro, o fim do mundo
...
Até que o mar nos envolva na sua imensidão!
(estava escondido nas iniciais dos versos...)
Lindo
ResponderEliminarO verbo é sempre o inicio, daí o verbo divino
ResponderEliminarO mar... o mar...
ResponderEliminarMas tenho de protestar, deste a solução antes das pistas.
Prometo que para o próximo enigma não darei a solução, só pistas...
ResponderEliminarGosto de enigmas. Era a esclamação que estava fora do lugar. E o Ã... humm...
ResponderEliminarLindo! :)
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