A
Morte é água que afoga sem se ver
É
um estado que dói mas não se sente
É
um aviltamento consciente
É
uma coisa que acontece sem querer.
É
um nunca fazer mais que não fazer
É
nefário apagar-se, assim, da mente
É
jamais recordar ou ter presente
É
deixar de ainda ter tempo para escolher.
É
um querer que perde a validade
É
acabar-se o ser, já não ter sorte
É
nem sequer de amor ter mais vontade.
Mas
como pode ser horror tão forte
Para
os que nela pensam com a idade
Se
tão vazia é a mesma morte?