Há dias em que o mundo abre a sua boca enorme e se prepara para nos engolir... Dias em que sentimos a pressão do céu contra o chão a esmagar-nos... Dias em que vemos a tristeza e o sofrimento que enchem o mundo e deixam tão pouco espaço para a alegria e para a beleza. Então, erguemos o nosso frágil corpo e avançamos hesitantemente através do espaço, em direcção à incerteza. Então, dirigimo-nos ao mar.
Perante a força bruta das marés violentas do Outono toda a nossa angústia emudece.
Perante aquela pujança inimitável faz-se silêncio em mim e sou purificado. Perante o cheiro cru a maresia e o frio cortante do vento marítimo, perante o ruído das explosões das vagas que se despenham contra a praia, perante o tumulto da água, consigo acreditar. Acreditar no amanhã.
Porque toda a existência se encontra ali, nas ondas quebradas que embatem umas contra as outras, na falta de nexo que, afinal, até tem a sua própria harmonia confusa, no rodopio e na água.
Água, água, água.
O Mar, o Mar...
Perante a força bruta das marés violentas do Outono toda a nossa angústia emudece.
Perante aquela pujança inimitável faz-se silêncio em mim e sou purificado. Perante o cheiro cru a maresia e o frio cortante do vento marítimo, perante o ruído das explosões das vagas que se despenham contra a praia, perante o tumulto da água, consigo acreditar. Acreditar no amanhã.
Porque toda a existência se encontra ali, nas ondas quebradas que embatem umas contra as outras, na falta de nexo que, afinal, até tem a sua própria harmonia confusa, no rodopio e na água.
Água, água, água.
O Mar, o Mar...
josé peixinho?
ResponderEliminarNão sei quem é, mas se é peixe já nos devemos ter cruzado por esses oceanos...
ResponderEliminarvou passar a assinar os meus comments para não me confundir com outros anonymous. Dantes era só eu, agora há mais anonymous.
ResponderEliminarVou assinar Lilith.
ResponderEliminarOceano Mar,
ResponderEliminarAlessandro Baricco.
Lê, por favor!