quarta-feira, maio 17, 2006

O tempo não espera por ti

O tempo não espera por ti. (gritado)

Como se houvesse mesmo a tal invasão dos ladrões de tempo. Como se não pudéssemos baixar a guarda por um único instante. Como se houvesse algo há espera da nossa mais pequena distracção para nos roubar de uma só vez minutos seguidos, horas inteiras!

Como se a uma distracção matinal se sucedesse o momento em que te estás a deitar e pensasses: o que é que aconteceu hoje? Só me lembro de estar a sair de casa...

Como se a um ano se seguisse a década seguinte. Como se te visses ao espelho, envelhecido, e perguntasses: quem é este velho? O que é que aconteceu? Que merda é esta?

Como se aos sonhos grandiosos da adolescência se seguisse o leito da velhice e a angústia: não fiz nada, não vivi...

Como se hoje não fosse hoje e sim, já, o fim da linha.

A vida é hoje. É agora. O tempo não espera por ti. Levanta-te e sai do teu posto de trabalho, do teu apartamento, da tua prisão. Levanta-te e sai para a rua. Vive!

(SAIAM DOS VOSSOS CON.-AP.TOS!)

Só se pode parar para descansar e nunca por muito tempo. A letargia é por onde eles te apanham, os ladrões do tempo.

Não digas: agora não tenho tempo. Vai ser assim toda a tua vida.

Não digas: estou cansado. Vai ser sempre assim.

Lembra-te que vais morrer.

É agora ou nunca.

Tu não tens poder sobre o futuro, esquece os teus projectos. É no presente que vives e só aí podes escolher. Tudo o resto é ilusão.

Se não fores agora, não serás.

É agora ou nunca.

Vive.

O tempo não espera por ti!

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