quando no azul mergulhei nem me apercebi de que tudo tinha ficado para trás...
no azul perguntaste-me o nome e não soube falar nem o que era um nome
e já não havia no azul quem se apercebesse destas coisas todas
abri os olhos e não soube dizer onde estavas no azul
porque já tudo era azul
criaturas assombrosas deslizavam, azuis, com olhos brilhantes e feitos de névoa
um lento arrepio subia-me pela espinha acima
um frio confortável ia-me envolvendo, abraço de azul profundo
deixei-me levar como se dançasse