o comedor de palavras tinha muita fome
comia indiscriminadamente verbos, nomes e mesmo adjectivos
e estava muito barrigudo
quando o vieram buscar
já ele estava morto
a sua pele adquirira um tom transparente
e em toda a sua extensão podia-se ler
as palavras que tinha devorado
pegaram nele e puseram-no numa praça pública
para dar testemunho da verdade
nós permanecemos nas palavras
3 comentários:
Tens mesmo de ler a biblioteca. A que é que sabem as palavras? sabem ao seu significado ou a caril? Hoje só podem saber a gelatina gelada...
Acho que sabem a gelado de chá verde... com bocadinhos de folhas de chá, claro!
excelente poema. só tem um defeito. não fui eu que o escrevi.
LUV U
rafaello
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