Dizem que a nossa visão do amor tem as suas origens no amor cavaleiresco da Idade Média. O amor cavaleiresco deriva da zona do sul de França que é uma zona de inspiração Cátara.
Os Cátaros, por sua vez, apoiavam-se na visão da Gnose ou Gnosticismo que defendia que o universo não tinha sido criado por Deus mas sim por um criador incapaz, o Demiurgo, que tinha criado o mundo e, assim, tirado o homem do seio divino. Deste modo, o mundo era mau, era o que afastava o homem de Deus e o único caminho para Deus era contrariar o mundo.
Os Gnósticos viam o mundo como se ele fosse a terra do Diabo. Entretinham-se em rituais bizarros de desprezo da natureza humana ou de excesso para a ridicularizar: tanto as orgias desenfreadas em que chegavam a simular a missa de uma forma, digamos, muito pouco católica; como o afastamento do mundo.
Isto veio a associar-se ao que diziam o São Paulo, primeiro, e o Santo Agostinho, mais tarde: que o amor físico entre o homem e a mulher deve ser regulado e apenas concretizado tendo em vista a procriação.
Assim, chegou-se ao ideal do amor puro e semi-utópico, de divinização do amado e, lado a lado como este ideal, da carne impura e ridícula, que só serve para desprezar e conspurca a pureza dos sentimentos humanos... Que pena que não sejamos como os árabes que são capazes de frases que a nós nos chocam por serem tão estranhas: «E é aí, entre as tuas pernas, Alá seja louvado, que se encontra o paraíso!».
Nós somos a carne. Nós somos o espírito. Nós amamo-nos. Nós fornicamos. Nós vivemos. Nós comemos. Tudo é o mesmo. Tudo é união: entre os amantes, entre o ser e o mundo. Comer é unir-se com o mundo. Fornicar é unir-se com o ser amado. Se as palavras nos soam rudes, não serão os nossos ouvidos que as tornam ásperas?
Que a verdade brilhe e veremos as coisas livres de preconceitos.
Os Cátaros, por sua vez, apoiavam-se na visão da Gnose ou Gnosticismo que defendia que o universo não tinha sido criado por Deus mas sim por um criador incapaz, o Demiurgo, que tinha criado o mundo e, assim, tirado o homem do seio divino. Deste modo, o mundo era mau, era o que afastava o homem de Deus e o único caminho para Deus era contrariar o mundo.
Os Gnósticos viam o mundo como se ele fosse a terra do Diabo. Entretinham-se em rituais bizarros de desprezo da natureza humana ou de excesso para a ridicularizar: tanto as orgias desenfreadas em que chegavam a simular a missa de uma forma, digamos, muito pouco católica; como o afastamento do mundo.
Isto veio a associar-se ao que diziam o São Paulo, primeiro, e o Santo Agostinho, mais tarde: que o amor físico entre o homem e a mulher deve ser regulado e apenas concretizado tendo em vista a procriação.
Assim, chegou-se ao ideal do amor puro e semi-utópico, de divinização do amado e, lado a lado como este ideal, da carne impura e ridícula, que só serve para desprezar e conspurca a pureza dos sentimentos humanos... Que pena que não sejamos como os árabes que são capazes de frases que a nós nos chocam por serem tão estranhas: «E é aí, entre as tuas pernas, Alá seja louvado, que se encontra o paraíso!».
Nós somos a carne. Nós somos o espírito. Nós amamo-nos. Nós fornicamos. Nós vivemos. Nós comemos. Tudo é o mesmo. Tudo é união: entre os amantes, entre o ser e o mundo. Comer é unir-se com o mundo. Fornicar é unir-se com o ser amado. Se as palavras nos soam rudes, não serão os nossos ouvidos que as tornam ásperas?
Que a verdade brilhe e veremos as coisas livres de preconceitos.
4 comentários:
"Dizem que a nossa visão do amor tem as suas origens no amor cavaleiresco da Idade Média."
Não acho! Acho que a visão do amor tem origem mesmo aqui:
«E é aí, entre as tuas pernas, Alá seja louvado, que se encontra o paraíso!».
O "amor" já é discutido há milhares de anos, filósofos, poetas, religiosos, pessoas comuns. É uma utopia, um sonho, uma força, é algo. Será mesmo?
O sexo, ou “fornicação”, é uma necessidade fisiológica, necessidade contida cheia de barreiras morais e sociais criadas pelas mesmas pessoas que discutiram e discutem o amor.
É algo sim! O amor é o que nos insere no mundo. Sem ele perdemo-nos nos nossos abismos interiores... O amor romântico, ele e ela, é muitas vezes, uma ilusão. No entanto, isso não muda nada em relação a todas as vezes em que o encontro entre duas pessoas acontece e há amor genuíno - pode ser muito longo ou pode ser muito muito breve, mas existe. :)
amo o amor!;D
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