segunda-feira, março 27, 2006

O beijo

Lúcifer mergulhou na noite. Beija-me, disse ela sentada na rocha. Os candeeiros emitiam luzes ténues e as ruas estavam desertas. Que linda que ela estava ali deitada, cheia de vida, ansiosa e com os lábios entreabertos... O sol aproximava-se do poente e o céu alaranjava. O som dos seus passos ecoava nos caixotes do lixo e nas montras das lojas fechadas: toda a cidade dormia. Lúcifer galgou as escadas do prédio e entrou em casa. Quando se aproximou, lembrava-se bem, ela deixou descair um pouco a cabeça para trás avançando os lábios para o seu beijo que desceu sobre o pescoço exposto, fazendo prolongar a sua inquietação. Beija-me, repetiu sofregamente, na boca.

4 comentários:

Anónimo disse...

Rafael,

deixo-te aqui uma mensagem.
gostaria imenso que que respondesses à pergunta que deixei nos comments do poema com matemática.
obrigada.

rafael disse...

adorei
adorei
adorei

Anónimo disse...

A pergunta que lá deixei, vinha a propósito do assunto...


o que é um livro com valor literário? o que é um livro que presta?

obrigada.

rafael disse...

"o que é um livro com valor literário? o que é um livro que presta?"

boa pergunta

e, sinceramente só posso responder, à luis 14:

"um livro que presta sou eu"