segunda-feira, outubro 24, 2005

Ovo


No encontro há uma explosão de cores, uma magia misteriosa que se faz fonte. É uma magia-fonte que se vai tornar vida, uma subtil alquimia que transforma aquilo que antes estava separado numa imensa unidade. As duas essências juntam-se e formam algo mais. O ovo é gerado.
No ovo tudo é potência, tudo é eventualidade pulsante. O ovo respira o futuro e é atraído por ele. O ovo quer ser. Ele liberta o seu funcionamento sagrado e prolonga a sua indiferenciação até ao limite. Expande-se e repete-se até chegar à vertigem da concretização, à vertigem da existência.
O ovo dorme no casulo quente da mãe. O ovo dorme numa barriga protectora, numa barriga espaçosa e aconchegante, aquática e macia. O ovo não sabe nada disto, mas é alimentado e protegido, é acalentado e desenvolve-se muito devagar.
O ovo é a esperança.

7 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito:)

rafael disse...

gostei também muito

mas o ovo também é a esperança da omeleta...

rafael disse...

ou que saia de lá um pinto

rafael disse...

ou mesmo a lotaria

Anónimo disse...

hahahahahahahaha! :)

ou um bolo

Anónimo disse...

bolo chlép :P

Anónimo disse...

omeleta é o ovo caçado