quarta-feira, novembro 02, 2005

Embrião


Na escuridão não se sente nada. Na escuridão só o calor primordial, só o sentido nos acolhe. A vida desenrola-se devagar. O cosmos como um meio aquático, um ventre protector. Do nada vai surgindo a luz. Do nada vai surgindo o som da voz da mãe. Do nada o toque aveludado do líquido envolvente. Do nada vai surgindo o mundo. A barriga-mãe como uma totalidade, um mundo em si.
Lá fora, a barriga quase passa despercebida. Lá fora a barriga sonha a mãe e todo o mundo.

4 comentários:

Anónimo disse...

bonito :)
a ideia que tenho é que lá dentro não é escuro, lá dentro é como nas nuvens branquinhas.

Anónimo disse...

lá dentro é todo o universo e cá fora é uma barriguita :D

rafael disse...

tás gravida querida?
e já sabes quem é o pai?

Anónimo disse...

os temas estão sincronizados! serão todos da mesma idade? :-O