Há dias em que o mundo abre a sua boca enorme e se prepara para nos engolir... Dias em que sentimos a pressão do céu contra o chão a esmagar-nos... Dias em que vemos a tristeza e o sofrimento que enchem o mundo e deixam tão pouco espaço para a alegria e para a beleza. Então, erguemos o nosso frágil corpo e avançamos hesitantemente através do espaço, em direcção à incerteza. Então, dirigimo-nos ao mar.
Perante a força bruta das marés violentas do Outono toda a nossa angústia emudece.
Perante aquela pujança inimitável faz-se silêncio em mim e sou purificado. Perante o cheiro cru a maresia e o frio cortante do vento marítimo, perante o ruído das explosões das vagas que se despenham contra a praia, perante o tumulto da água, consigo acreditar. Acreditar no amanhã.
Porque toda a existência se encontra ali, nas ondas quebradas que embatem umas contra as outras, na falta de nexo que, afinal, até tem a sua própria harmonia confusa, no rodopio e na água.
Água, água, água.
O Mar, o Mar...
Perante a força bruta das marés violentas do Outono toda a nossa angústia emudece.
Perante aquela pujança inimitável faz-se silêncio em mim e sou purificado. Perante o cheiro cru a maresia e o frio cortante do vento marítimo, perante o ruído das explosões das vagas que se despenham contra a praia, perante o tumulto da água, consigo acreditar. Acreditar no amanhã.
Porque toda a existência se encontra ali, nas ondas quebradas que embatem umas contra as outras, na falta de nexo que, afinal, até tem a sua própria harmonia confusa, no rodopio e na água.
Água, água, água.
O Mar, o Mar...
5 comentários:
josé peixinho?
Não sei quem é, mas se é peixe já nos devemos ter cruzado por esses oceanos...
vou passar a assinar os meus comments para não me confundir com outros anonymous. Dantes era só eu, agora há mais anonymous.
Vou assinar Lilith.
Oceano Mar,
Alessandro Baricco.
Lê, por favor!
Enviar um comentário