terça-feira, janeiro 03, 2006

A Fonte

No éter silencioso há um ponto invisível que marca o início de um novo ciclo. Rodamos sobre o nosso eixo através do espaço sideral e nunca largamos a mão do sol, para não nos perdermos. É como um passeio no parque. As estrelas são as árvores e as flores que nos demoramos a observar, o sol é o pai paciente que espera que estejamos prontos para continuar o passeio e nós, do coração do nosso planeta azul, somos a criança inocente, que não sabe o que faz no mundo tão imenso...

Novo ciclo, mudança, voltar ao trilho, seguir a luz, parar e recomeçar.

O tempo é como uma fonte de água fresca, sempre a jorrar experiências novas e refrescantes. E eu deixo-me levar pela água, rio abaixo, seguindo o curso da fonte, percorrendo os caminhos do tempo, cumprindo o que tem de ser.

Não vale a pena lutar contra a corrente. A melhor maneira de evitar aquilo que não queremos é ir na sua direcção, desarmados, de sorriso na cara, e cumprimentá-lo respeitosamente, passando-lhe ao lado: água a fluir no rio.

3 comentários:

Lu disse...

Já estava com saudades das tuas palavras refrescantes. Não sei se devo ir na direcção daquilo que não quero. Vou pensar nisso. Tenho medo de tropeçar...

anoeee disse...

Procura o que evitas e vem na tua direcção, não o que evitas mas está longe de ti.

Se vier ter contigo, aceita o desafio ou afasta-te graciosamente, mas nunca fujas...

Foi o que me disse um velhote, uma vez na praia, enquanto olhava para o mar e para a areia. :)

Anónimo disse...

belissimo conselho anoeee... era mesmo isso que estava a precisar de ouvir... :):):)