O tempo é o que fizeres dele. Aqui pensamos: passado - que aconteceu? quem sou eu?; presente - o que faço?; futuro - para onde vou? E assim dividimos o tempo em: identidade (colectiva e singular); acção; e projectos. Mas isto não precisa de ser assim!
Os índios Hopi da América Central tinham uma visão do tempo bastante diferente. O tempo dividia-se em Manifestante e Manifestado. O Manifestante incluía não só o que se estava a fazer (presente) mas também tudo aquilo que se pensava e que se pretendia fazer (futuro), incluindo as ideias e os sonhos, toda a vida da mente. Assim que uma acção era concretizada ela acabava e passava a fazer parte do Manifestado. Então pensavam: manifestado - que aconteceu?; e manifestante - quem sou eu? o que faço? para onde vou? E assim podemos dividir o tempo em: identidade colectiva; e identidade singular, acção e projectos.
O tempo fluido, como uma linha que não se parte, apenas dividida para que a possamos melhor compreender.
O interesse desta visão, para mim, é a ideia de que o futuro, os nossos sonhos e projectos, já estão a acontecer. Acontecem em nós, são acções a longo prazo, primeiro interiores e, depois, exteriores. Quando se materializam já estão a morrer.
É como fazer uma viagem: primeiro saboreamos a ideia, imaginamo-nos lá, sonhamos sonhos exóticos e imaginamos aventuras insólitas coroadas por gastronomias delirantes; depois partimos e a partida é um agudizar dessa imaginação, quase como se já estivéssemos lá; quando chegamos, por vezes, sentimos que não conseguimos viver tudo o que tínhamos imaginado, que é demasiado, que não dá para absorver tudo; no regresso, saboreamos a viagem que fizemos como um todo. Nessa totalidade, o papel da expectativa inicial ocupa um lugar muito importante. No regresso, é essa expectativa que nós reflectimos na experiência vivida e que nos faz dizer da viagem: uau!
Os índios Hopi da América Central tinham uma visão do tempo bastante diferente. O tempo dividia-se em Manifestante e Manifestado. O Manifestante incluía não só o que se estava a fazer (presente) mas também tudo aquilo que se pensava e que se pretendia fazer (futuro), incluindo as ideias e os sonhos, toda a vida da mente. Assim que uma acção era concretizada ela acabava e passava a fazer parte do Manifestado. Então pensavam: manifestado - que aconteceu?; e manifestante - quem sou eu? o que faço? para onde vou? E assim podemos dividir o tempo em: identidade colectiva; e identidade singular, acção e projectos.
O tempo fluido, como uma linha que não se parte, apenas dividida para que a possamos melhor compreender.
O interesse desta visão, para mim, é a ideia de que o futuro, os nossos sonhos e projectos, já estão a acontecer. Acontecem em nós, são acções a longo prazo, primeiro interiores e, depois, exteriores. Quando se materializam já estão a morrer.
É como fazer uma viagem: primeiro saboreamos a ideia, imaginamo-nos lá, sonhamos sonhos exóticos e imaginamos aventuras insólitas coroadas por gastronomias delirantes; depois partimos e a partida é um agudizar dessa imaginação, quase como se já estivéssemos lá; quando chegamos, por vezes, sentimos que não conseguimos viver tudo o que tínhamos imaginado, que é demasiado, que não dá para absorver tudo; no regresso, saboreamos a viagem que fizemos como um todo. Nessa totalidade, o papel da expectativa inicial ocupa um lugar muito importante. No regresso, é essa expectativa que nós reflectimos na experiência vivida e que nos faz dizer da viagem: uau!
3 comentários:
É verdade. A expectativa. E também funciona com a preocupação. Antes de acontecer já andamos ocupados, com a imaginação, com o sonho, com o desejo de vida!
Ás vezes nao temos tempo...
Adriana
Sim. No entanto, é preciso arranjar tempo dentro do tempo. Senão um dia somos velhos e dizemos: já passou a altura! E eu queria tanto ter feito...
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